Reforma tributária: Pacheco afirma que parecer será lido em 27 de novembro e votado em 4 de dezembro

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta terça-feira, 29, que o relatório da reforma tributária deve ser lido pelo relator, senador Eduardo Braga (MDB-AM), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado em 27 de novembro e aprovado pelo colegiado em 4 de dezembro. A declaração foi feita durante participação de um evento empresarial em Londres.

“Eu faço um apelo a todos os empresários que aqui estão e a todas as autoridades públicas que apoiem a reforma tributária. Ela já foi conquistada por meio de uma reforma constitucional, depende agora a sua regulamentação e eu espero que aconteça nos próximos dias. Há uma previsão de 27 de novembro de termos uma leitura do parecer e aprovação o dia 4 de dezembro. O sistema tributário precisa ser remodelado”, disse.

Se aprovado na CCJ, o texto segue para o plenário do Senado. Caso texto seja alterado, volta para nova votação da Câmara. Se a proposta receber o aval dos senadores sem mudanças, segue para sanção presidencial.

Como mostrou a EXAME, Braga já havia sinalizado que pretendia apresentar o parecer sobre projeto de lei complementar nº 68 de 2024 até o fim de novembro. Entretanto, ele não havia se comprometido com uma data específica.

O fim do imbróglio sobre a regulamentação das emendas parlamentares, com a apresentação de um projeto de lei destravou o andamento da pauta do Congresso e da reforma tributária.

Plano de trabalho da reforma tributária

A CCJ do Senado aprovou na sessão da última quarta-feira, 23, o plano de trabalho sobre o projeto de regulamentação da reforma tributária. Pelo cronograma, serão realizadas audiências públicas de 29 de outubro a 14 de novembro.

Calendário de audiências do PLP 68/2024

  • 29/10 – novos tributos incidentes sobre o consumo e reorganização da economia nacional;
  • 30/10 – impacto no setor produtivo;
  • 31/10 – impacto social e regimes diferenciados;
  • 4/11 – impacto na saúde: serviços, planos individuais e coletivos, medicamentos, dispositivos médicos e dispositivos para pessoas com deficiência;
  • 5/11 – regimes específicos para serviços financeiros;
  • 6/11 – demais regimes específicos;
  • 7/11 – infraestrutura, energia, telecomunicações e setor imobiliário;
  • 11/11 – Simples Nacional e Zona Franca de Manaus;
  • 12/11 – imposto seletivo;
  • 13/11 – fundo de compensação de benefícios fiscais e o novo modelo de desenvolvimento regional;
  • 14/11 – regras de transição, fiscalização e avaliação quinquenal.

Fonte: Exame

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